UM COPO D'ÁGUA
Um copo d’água apenas, nada mais
E o resto se desenha em tom venal
O parto sonegando o sempre igual
Desenho aonde o tempo diz cristais
Moenda da esperança, mas jamais
A vida se mostrara em ritual,
Mortalha se transforma em tempo tal
E nela se desdenha a sorte e o cais.
Espero que algum dia surja após
A sorte derradeira dentro em nós
Amortecendo a queda de quem sonha.
Negando o meu caminho em tom sombrio
Os ermos de meu canto eu desafio
E sei da sorte amarga e mais medonha.
RITA DE CÁSSIA TIRADENTES REIS E MARCOS LOURES
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