quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

MADRUGADAS



MADRUGADAS...

Chegando madrugada e nada vejo
Senão a mesma face da pilantra
Cantando com certeza o mesmo mantra
Tentando subornar o meu desejo,

A vida se resume noutra farsa
E a falsa imagem dita o quanto assume
Do prazo sem saber sinal e lume,
E tendo na mentira esta comparsa,

Arsênico de fato é maravilha,
Quem sabe cianureto, até cicuta,
Assim eu mando a própria mãe da puta
Parar de encher o saco e botar pilha.

Mas como bom cristão eu sigo quieto,
E deixo zumbizar o tosco inseto...

MARCOS LOURES

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