ESPELHOS
A bela adormecida, esta alegria
Ainda não se vendo em tal espelho
E quando a cada dia me aconselho
Caminho noutro tom se perderia.
A morte na verdade, nada adia,
O olhar se perde aquém, segue vermelho
E quantas vezes tento e sei me engelho
Nesta enrugada face em fantasia.
Esvaio a cada instante um pouco mais,
Restando dentro em pouco os funerais
E os erros costumeiros de quem busca
Tentando caminhar sobre os espinhos,
Os dias são deveras mais daninhos
Na estrada que bem sei atroz e brusca.
RITA DE CÁSSIA TIRADENTES REIS E MARCOS LOURES
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