domingo, 23 de dezembro de 2012

Through The Valley of The Shadow of Death




Day after  day
Night after night
I keep running in circles
Around the wheel of time

I’m stuck in a maze
From mirrors it’s made
But when I’m trying to gaze
I can’t see my face

And so I just wonder
How long will I wander
Until I can finally find
A place to call mine

By Renato Loures Loureiro

TRILHOS



TRILHOS

Enquanto procurasse alguma luz
Durante a nebulosa noite em vão,
Momentos mais terríveis mostrarão
Somente o quanto em dor se reproduz,

O verso mais audaz fizesse jus
Ao todo que tramasse esta emoção
Depositando além da solidão
O canto quando encanto me conduz,

Refém das minhas calmas águas mansas
Ainda quando além do mar avanças
Enfrento as ondas com sorriso e brilho,

No olhar que se transporta ao horizonte
Marcante sensação que amor aponte
Expressa com certeza um nobre trilho...

RITA DE CASSIA TIRADENTES REIS

NUM INSTANTE



NUM INSTANTE

Quem dera se pudesse num instante
Moldar outro cenário bem diverso
E quando na esperança adentro e verso
Apenas o vazio se adiante,

 Amasse o que pudesse num brilhante
Anseio dominando este universo,
E quando noutro passo eu me disperso
Procuro quem de fato me agigante,

E sendo mesmo frágil, uma mulher,
Que sabe na verdade o que mais quer,
Jamais me entregaria e vou à luta,

Não quero ser apenas complemento,
A cada novo engano eu me fomento
Da força que me invade e não reluta...

RITA DE CASSIA TIRADENTES REIS

PRIMAVERA



PRIMAVERA

O amor que nos trouxesse primavera
Depositando em flores a querência
De um tempo em mais perfeita florescência
Marcando o quanto a vida toca e gera,

Nas ânsias mais sutis, além da espera,
O todo noutro encanto, na inocência,
No olhar de quem se fez em tal clemência
Apascentando a solidão, temível fera,

Análogos caminhos, vida e luz,
Ao ápice do encanto amor conduz,
E faz deste querer a sintonia

Que possa permitir a glória imensa
E nisto o quanto quero e a força intensa
Transforma mesmo a dor em poesia...

RITA DE CASSIA TIRADENTES REIS

O TEMPO



O TEMPO

Negar o quanto a vida maltratando
Deixara em cicatrizes tatuadas
As farsas noutro tempo desenhadas
E o mundo sem sentido desabando,

Quisera perceber o como e o quando
Vencera as mais dispersas degradas
Visões pelas vontades desvendadas
E mortas noutro passo em contrabando,

Restauro a adolescência de um amor
Que possa ser de fato o redentor
De quem tanto sofrera inutilmente,

Mas vejo em minhas faces, rudes cãs,
Negando à sonhadora outras manhãs,
O tempo não sonega e jamais mente...

RITA DE CASSIA TIRADENTES REIS