QUEM SABE?
Espero alguma chance no futuro,
Quem sabe poderei ser mais feliz.
O chão que ora lavrei, deveras duro,
Jamais produzirá o que eu mais quis.
Tentando assim viver com tanto apuro,
Apago os meus caminhos na raiz,
E mesmo que isso doa, inda perduro
Das esperanças, sempre um aprendiz...
O Deus que me protege a cada passo,
Decerto está comigo neste instante,
A morte, companheira mais constante,
Aos poucos ocupando seu espaço
Até que nada sobre, nem lembranças...
E as águas descerão; suaves, mansas...
RITA DE CÁSSIA TIRADENTES REIS
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